A Lista de Schindler ''Aquele que salva uma pessoa, salva o mundo inteiro''

   Filmado em preto e branco para, segundo Spielberg, "deixar o filme menos insuportável devido a violência gráfica de algumas cenas", A Lista de Schindler é construído sobre o roteiro de Steven Zaillian que mostra a perseguição aos judeus na Polônia e sua recolocação no Gueto de Cracóvia, em 1941, onde famílias inteiras eram amontoadas em pequenos quartos, até a transferência de todos para o campo de concentração, comandado pelo sociopata Amon Goeth (Ralph Fiennes).
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   O que difere A Lista de Schindler de tantos outros filmes sobre o Holocausto Nazista é o caráter profundamente humano que os realizadores conseguiram imprimir à obra.

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   Baseado em fatos verídicos, Schindler (Liam Neeson) é mostrado no início como um empresário ganancioso e sem escrúpulos que enriqueceu com a guerra, lucrando com o uso da mão de obra judia em sua fábrica. A princípio ele se mantém afastado dos horrores que acontecem à sua volta, mas vai gradativamente se sensibilizando até o ponto de se sentir obrigado a agir em favor dos oprimidos.

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   Para ilustrar o ponto da transformação do protagonista: a menina do vestido vermelho, vista correndo perdida no meio dos nazistas, e depois, já morta sendo levada para a pilha de cadáveres queimando. A partir daí o filme vira uma corrida contra o tempo, na qual Schindler tenta salvar o máximo de seus empregados que pode, usando para isso toda a sua fortuna. Schindler faz uma lista de mais de mil pessoas oprimidas, as compra (perdendo sua fortuna) e as leva para trabalhar em sua fábrica, as salvando dos campos de tortura e morte.

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   Quando a guerra acaba, Schindler se despede dos seus operários, muito agradecidos por tudo que ele fez para eles. No final, cada ator do filme, junto da pessoa a qual interpretou, homenagea o túmulo de Oskar Schindler.

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''Aquele que salva uma pessoa, salva o mundo inteiro'', foi a frase de efeito usada na campanha de marketing do filme. E ela não deixa de ser verdade, tendo em vista o vasto número de pessoas que estão vivas hoje, entre sobreviventes diretos e seus descendentes, graças à lista do industrial alemão.
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