É interessante observar como as marcas se adaptam aos consumidores de diferentes nações. Os sorvetes chamados kibon, no Brasil, mudam de nome a cada país, persistindo sua logo de coraçãozinho, que permite identificar que "streets", "HB", "Lusso" ou "Miko" é aquele mesmo sorvete no seu país, com outro nome.
Em minhas viagens rastreei a whiskas - ração que os meus gatos comem. A whiskas sempre se chama whiskas, e a cor é violeta, com o mesmo gatinho estampado. As embalagens mudam, seu material e formato.
De Budapeste, com embalagem econômica, e bastante húngaro, mesclado com inglês, lembrando que muita gente em Budapeste fala inglês, principalmente os jovens e as pessoas que trabalham no centro e estão em contato com turistas:
Como morei em Granada, na Espanha, tenho uma coleção de produtos de gatos, dentre ração e areia sanitária:
Friskies, da Purina, também com o mesmo nome e o mesmo gatinho, em Granada:
Florença, na Itália. Umas comidinhas diferentes e sofisticadas, além da whiskas tradicional:
Paris, com bastante ração em lata, o que chama a atenção é a variedade de sabores:
O que estaria nas entrelinhas com relação às diferenças dos produtos de um país para o outro?, essas diferentes embalagens de whiskas, sabores, variedade de produtos e preços seguem as tendências dos diferentes consumidores.
Uma simples visita ao supermercado de um lugar nos revela muito sobre as preferências e necessidades culturais locais. É uma espécie de arqueologia da contemporaneidade, uma análise da cultura material, que nos leva a traçar características do perfil dos consumidores. Um tour pelo supermercado, pelos mercados tradicionais e feiras ao ar livre é sempre interessante, com um olhar crítico, comparativo e curioso.
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